Mas uma coisa não mudou: o prestígio que a Mercedes-Benz possui. O que não deixa de ser interessante, pois quem acompanha há tempos o mundo automotivo sabe da história, da importância e das qualidades da marca e a admira por isso; e mesmo quem não dispõe de muita informação a respeito percebe que se trata de modelos diferenciados e de uma marca especial. Se a estrela brilha nos dias de hoje, apesar de todo esse cenário, imagine o…
Mas uma coisa não mudou: o prestígio que a Mercedes-Benz possui. O que não deixa de ser interessante, pois quem acompanha há tempos o mundo automotivo sabe da história, da importância e das qualidades da marca e a admira por isso; e mesmo quem não dispõe de muita informação a respeito percebe que se trata de modelos diferenciados e de uma marca especial. Se a estrela brilha nos dias de hoje, apesar de todo esse cenário, imagine o que a Mercedes-Benz representava em 1980, época do lançamento da geração do Classe S conhecida pela sigla W126 e, em especial, pela versão cupê 500 SEC, nosso assunto desta edição. Esses modelos estavam bem além da concorrência em sua época e isso marca várias gerações — uma das muitas razões para que a Mercedes ainda desfrute tanto prestígio. O Classe S lançado em 1980 foi um estrondoso sucesso para um carro de sua categoria — tanto que seu estilo durou 10 anos, algo fora do comum para qualquer carro de qualquer época, e foi um dos modelos mais vendidos na história da empresa. No quesito estilo, além do novo desenho muito bem proporcionado e fiel a toda a identidade da marca, a maior inovação estética foi a adoção dos para-choques envolventes de plástico no lugar dos tradicionais de aço, cromados, usados até a geração anterior. Quando o 500 SEC foi lançado, em 1981, o público estranhou um pouco no início. Alguns alegavam que seu desenho fugia um pouco à identidade da marca, fato não muito justificável: mesmo toda sua carroceria sendo nova e diferente da versão sedã — o que em gerações anteriores não acontecia —, perceberemos nesta análise que tinha, sim, todo o DNA Mercedes-Benz. Na prática, suas qualidades rapidamente ganharam os consumidores. A maior diferença em relação à identidade habitual na época era a grade inspirada na dos esportivos SL, que ficou muito bonita e lhe rendeu uma aparência mais dinâmica e jovial, bem adequada ao cupê. Suas proporções são tão boas que, mesmo passados 30 anos, continuam atraentes. Recursos estéticos deixaram o modelo com um visual esguio e alongado, o que era praticamente mandatório na época — tudo isso sem perder a atitude imponente e clássica e a percepção de qualidade, típicas do que se espera de um Mercedes.